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Deus abençoe a todos e todas!

Henrique Coutinho.
(Servo da Graça)
"Sou, apenas, um servo da Graça de Deus!" (Henrique Coutinho)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

AS TRÊS TEORIAS DAS RELAÇÕES HUMANAS.


A primeira teoria é a conhecida TEORIA DO FARISEU que diz: "O QUE É MEU É MEU!" Essa diz respeito ao um caráter egoísta, individualista e umbilical. Diz respeito a pessoas que, como diz o adágio baiano, "SÓ SE COÇAM PRA DENTRO". Pessoas que não estão nem aí para a necessidade do outro nem para a dor do seu próximo. SÓ PENSAM EM SI e, "prosperidade" pra elas, não consiste em repartir com quem não tem, mas em "ajuntar e acumular em celeiros". O outro que se exploda! Essa é a ideia.
A segunda teoria é a TEORIA DO LADRÃO que diz: "O QUE É SEU É MEU!" Essa diz respeito a um caráter usurpador, plagiador e estelionatário. Refere-se àquela pessoa que gosta das coisas fáceis sem lhe custar nenhum esforço laboral. São ávidas pelo bônus em detrimento do ônus.
A terceira e mais rara é a TEORIA DO BOM SAMARITANO que diz: "O QUE É MEU É SEU!" Essa diz respeito a um caráter altruísta e serviçal; a um caráter, totalmente, despojado do materialismo egoísta e do capitalismo selvagem; a um caráter que vê o outro como gente valorosa, não como objeto de consumo nem trampolim promocional cujo lema é: "o que você tem é mais importante do que o que você é!" Ao invés disso, A TEORIA DO BOM SAMARITANO nos remete a um estilo de vida cujo serviço anônimo ao próximo é marca indelével de um caráter, essencialmente, Crístico, posto que sua práxis é a de estar nesse mundo PARA SERVIR, não para ser servido.
Ditas essas coisas, cabe-nos uma emergente pergunta reflexiva: COM QUAL OU QUAIS DESSAS TEORIAS MAIS NOS IDENTIFICAMOS?
Henrique Coutinho.

domingo, 25 de dezembro de 2011

O VERDADEIRO SENTIDO DO NATAL.

Escrito por Marcelo M. Guimarães.
As comemorações natalinas acontecem e julgo oportuno compartilhar deste tema com todos do Corpo do Messias. Inicialmente gostaria de afirmar bem claro que não tenho a menor intenção em agredir suas tradições e seus costumes quanto à comemoração do natal, quer pelos católicos, protestantes, evangélicos, espíritas e por qualquer outra forma mesmo que ela não esteja filiada a uma religião denominada cristã. Mesmo nos países orientais de religião predominantemente budista muitos celebram a festa de natal. Portanto, o objetivo de minha mensagem é esclarecer os fatos históricos, confrontar tradições e costumes com os ensinamentos bíblicos e deixar que cada leitor tire suas próprias conclusões, sem com isto, querer impor à ninguém aceitar meu ponto de vista. Se você ler esta mensagem com este espírito com certeza tirará bom proveito. Pensando bem, o que é o Natal? Nesta época é comum enfeites nas portas das casas e no seu interior grandes ou pequenas árvores de Natal. Decorações nas ruas da cidade com bolas coloridas variadas, perus, leitões recheados, patos, gansos, muitas nozes, castanhas, passas de uvas, whiskys, champanhe, etc., não faltam para um família de classe média-alta. Enfim, todos dão um jeitinho, nem que seja comer um franguinho com farofa. Às vezes acontece que muitas pessoas gastam muito dinheiro e herdam uma grande dívida para ser paga em suaves prestações no ano que vem, pois afinal, quem recebe um presente de natal se vê quase na obrigação de retribuir, tudo bem! Mas, quando não se pode, a coisa se complica e constrange até mesmo numa humilhação. Para as pobres crianças de rua é tempo de tentação, pois vêem presentes e guloseimas expostas nas vitrines das lojas e fica por isso mesmo. Mas com certeza, as esmolas neste tempo se dobram também, pois é Natal. Afinal vamos dar uma trégua às dificuldades e problemas; vamos esquecer um pouquinho das coisas ruins, nos alegrando com a família, desejando a todos um "feliz natal" cheio de saúde, muita paz, e porque não dizer "boas festas". Mas afinal, o que se comemora no Natal? Muitos dirão: "Comemora-se o nascimento de Jesus Cristo". Mesmo para a maioria dos cristãos o que isto significa não é muito fácil de se entender. Mas atualmente, até o Japão que é um país budista, comemora também o Natal. Então se pergunta: "Que espírito é este do Natal"? Com toda consideração ao leitor, gostaria de compartilhar um pouco sobre as origens da festa natalina, pois não temos a intenção de criticá-lo ou tão pouco condená-lo porque você ainda comemora o Natal. Mas a verdadeira intenção é que você entenda o verdadeiro sentido do Natal, suas tradições e costumes, a fim de que você como salvo no Messias, esteja livre de todo paganismo do mundo hodierno. Se pesquisarmos um pouco, veremos que o Natal atual tem todas as características de uma festa pagã. Vejamos alguns exemplos: Pinheiros Os escandinavos adoravam árvores e sacrifícios eram feitos debaixo das árvores ao deus Thor. A Enciclopédia Barsa descreve que a árvore de Natal tem origem germânica, datando do tempo de São Bonifácio (800 d.C.). Os pagãos germânicos faziam sacrifícios ao carvalho sagrado de Odim (demônio das tempestades) e ao seu filho Thor. O ato de cortar as árvores para enfeitá-las é bem antigo. Vejamos o que diz o profeta Jeremias (10:3 e 4): "... porque os costumes dos povos são vaidades, pois cortam do bosque um madeiro, obra das mãos do artífice, com machado. Com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e com martelos o firmam para que não se movam...". Quando os pagãos se tornaram cristãos, normalmente sem uma profunda experiência com Yeshua ( Jesus), levaram consigo todos os costumes pagãos. Presépio Foi instituído no século XIII por São Francisco de Assis, que quis representar o cenário no qual Yeshua nasceu. Papai Noel Noel, em francês, significa Natal. Porém, esta palavra não consta na Bíblia e sua origem, conforme minha pesquisa, é incerta. Há contudo, aqueles que ligam o mito Papai Noel com a lenda de São Nicolau, Bispo de Mira, na Ásia Menor, no século IV. A Holanda o escolheu como patrono das crianças e neste dia era costume dar presentes. Este costume, então, se espalhou pela Europa. Os noruegueses criam que a deusa Hertha aparecia na lareira e trazia consigo sorte para o lar. A lenda conta que as crianças colocavam seus sapatinhos na janela e São Nicolau passava de noite colocando chocolates e caramelos dentro dos sapatos. Tudo isto foi descaracterizando o verdadeiro espírito do Natal. NASCIMENTO DE YESHUA (JESUS) Até o ano 300 d.C. o nascimento de Yeshua era comemorado pelos cristãos em diferentes datas. No ano 354 d.C. o papa Libério, sendo imperador romano Justiniano, ordenou que os cristãos celebrassem o nascimento de Yeshua no dia 25 de dezembro. Provavelmente, ele escolheu esta data porque em Roma já se comemorava neste dia o dia de Saturno, ou seja, a festa chamada Saturnália. A religião mitraica dos persas (inimiga dos cristãos) comemorava neste dia o NATALIS INVICTI SOLIS, ou seja, "O Nascimento do Sol Vitorioso". Na tentativa de "cristianizar" cultos pagãos, o clero da era das trevas (de Constantino até a Idade Média) tentou de todas as formas conciliar o paganismo com o cristianismo. Um bom exemplo disto foi a criação dos santos católicos, substituindo as festas e padroeiros pagãos. Vênus, deusa do amor; Ceres, deusa da colheita; Netuno deus do Mar; assim como São Cristovão é o padroeiro dos viajantes; Santa Bárbara, protetora dos trovões e o famoso Santo Antônio é o padroeiro do casamento. No Brasil ainda foi muito pior quando os santos se misturaram com os demônios e guias do candomblé, umbanda, vodu, etc. Paulo, na carta aos romanos (1.25) diz que mudaram a verdade de D'us em mentira. AFINAL, QUANDO NASCEU YESHUA? (Creio eu, ser uma verdade revelada - Hb 1.1) Lucas foi o evangelista mais minucioso. Vejamos algumas passagens: Lucas 2.8 - diz que haviam pastores guardando seus rebanhos durante as vigílias da noite. O inverno em Israel é rigoroso e isto é pouco provável que tenha acontecido no inverno. Lucas 2.1 - diz que César Augusto convocou um recenseamento para o povo judeu. É pouco provável que realizariam um recenseamento no inverno, onde povo deveria percorrer a pé ou no máximo em lombo de animal, grandes distâncias durante o inverno. Além do mais, Yosef (José) não iria expor uma mulher grávida a andar a céu aberto nestas condições. Lucas 1.5 - diz que naquele exato momento Zacarias servia no templo como sacerdote no turno de ABIAS. Isto é, os sacerdotes se revezavam no templo em turnos, (cada turno tinha um nome; ABIAS era o 8º turno, sendo portanto, um dos 24 turnos de revezamento dos sacerdotes). Lucas 1.8,9 e 13 - diz que neste exato momento Zacarias recebe a anunciação do nascimento de Yohanam Ben Zechariah (João Batista - filho de Zacarias). Lucas 1.23 e 24 - diz que Isabel estava grávida de João Batista. Vejamos, portanto, quando realmente Yeshua(Jesus) nasceu. Analisando atentamente alguns versículos bíblicos, podemos concluir que Yeshua não nasceu em dezembro e sim nos prováveis meses de setembro ou quando muito outubro, meses em que os judeus comemoravam a Festa dos Tabernáculos, como diz João 1.14: "... e a Palavra se fez carne e habitou entre nós...", "habitou" no original grego é 'skenesei' que se traduz como 'TABERNACULOU'. Êxodo 12.1 e 2 e Deuteronômio 16.1 - mencionam que a Páscoa é a principal festa do ano e acontece no primeiro mês. Êxodo 23.15 - diz que Aviv é o primeiro mês do calendário religioso judeu (bíblico). I Crônicas 24.7-10 - diz que os sacerdotes se revezavam em turnos de dois turnos/mês e que ABIAS era o oitavo turno. Qual é, portanto, a dedução lógica para descobrir o mês do nascimento de Yeshua (Jesus)? Nosso D'us, é um D'us lógico e para Ele não há coincidências. É bem provável que o primeiro turno dos sacerdotes deveria começar no primeiro mês religioso do calendário judaico, por quê? Imaginem, se os sacerdotes faziam rodízio para servir no templo, eles deveriam ter um mês de referência para que, antecipadamente, pudessem conhecer seus respectivos turnos e meses nos quais eles (os 24 sacerdotes) fariam o revezamento. E é bem lógico que eles escolheriam o mais importante dos meses judaicos, que era o primeiro mês, Aviv, no qual se comemora Páscoa. Então, se isto é lógico e aceitável, não restam dúvidas que o turno de ABIAS de Zacarias que era o oitavo da escala e coincidiu com o mês chamado TAMUZ. Ora, a Bíblia diz que poucos dias após Zacarias ter recebido a anunciação do anjo sobre o nascimento de João Batista (Yohanam Ben Zechariah), Isabel, sua mulher ficou grávida. Lucas 1.25 e 36 - diz que estando Isabel no 6º mês de gravidez (mês de Tevet), foi ela visitada por Miriam (Maria mãe de Yeshua) que acabara de ficar grávida. Ora, se contarmos 6 meses no calendário judaico vamos concluir que Maria ficou grávida de Yeshua no mês de TEVET e, se contarmos nove meses a partir de TEVET chegaremos à conclusão que Yeshua HaMashiach (Jesus o Messias) nasceu nos meses de setembro ou no mais tardar em outubro, meses estes que coincidem sempre com o mês do calendário judaico de Tishrei (7º mês do calendário), no qual os judeus comemoram a Festa dos Tabernáculos. O Calendário judaico é lunar e por isso há diferença entre os meses do calendário gregoriano, que é baseado no sistema solar. À propósito, no jornal "Estado de Minas" do dia 16 de dezembro de 1990, foi publicada uma matéria pelo Prof. Nelson Travnik, do observatório Municipal de Campinas - SP, que os computadores já calcularam com base em dados astronômicos, que a data provável do nascimento de "cristo" foi em 15 de Setembro do ano 7 E.C. Não tenho ferramentas ou argumentos científicos para endossar essa data e nem tão pouco informação Bíblica para contradizê-la. Mas, uma coisa eu sei, esta publicação veio exatamente confirmar essa mensagem, na qual eu já cria pela fé e por meio dos fatos bíblicos e históricos aqui mencionados. CONCLUSÃO: Fique, portanto, no coração de cada um esta mensagem. Ore a D'us, peça para entendê-la bem. Julgue também a palavra. Mas, tenho certeza que grande libertação virá na sua vida e com certeza você se sentirá mais livre das tradições mundanas, não sendo cúmplice e nem comungando com outros "espíritos" os quais não testemunham da verdade, que é o próprio YESHUA ! Seja sábio! Não saia agora por aí condenando tudo e todos. Você nasceu para ser luz onde há trevas. Creio, também, não ser essencialmente importante saber ou não que Yeshua nasceu em dezembro. No Verdadeiro Shalom do Messias, Yeshua HaMashiach. Amém.
(*) Marcelo M. Guimarães - Engenheiro Industrial, MBA em Economia, Teólogo, Rabino Messiânico ordenado pelo Netivyah Bible Instruction Ministry-Jerusalém-Israel. Fundador do Ministério Ensinando de Sião, do Cates, da Abradjin e da Congregação Har Tzion em Belo Horizonte-Brasil.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O DEUS QUE SE OCULTA.

Texto: "Verdadeiramente tu és o Deus que te ocultas, o Deus de Israel, o Salvador". (Isaías 45:15)
Nunca se viveu uma época em que o ser humano sentisse tanto a necessidade de se tornar o centro das atenções como em nossos dias. Pois, o humanismo é nada mais nada menos do que colocar o "homem" no centro de todas as coisas e, isso, somado a um contexto em que, tanto o capitalismo selvagem como o consequente consumismo exacerbado imperam no mundo pós-moderno. Estamos vivendo no auge da febre da "doutrina humanista" encharcando mentes e corações em todos os âmbitos da sociedade. Nas faculdades, nos meios de comunicação, nas religiões a ênfase antropocêntrica é mais do que evidente! Mas, afinal, o que há de errado em se colocar o homem como o centro de tudo? O que há de errado em se buscar os "holofotes da fama"? O que tem demais em se desejar os aplausos alheios? Não seria essa uma forma de se elevar a nossa auto-estima? Não estaríamos, com isso, contribuindo para que a pessoa estimulasse a sua autovalorização? Não seria esse um viés viabilizador de um trabalho social mais efetivo e contribuinte para uma sociedade mais igualitária? Em tese sim, mas a prática tem provado que tudo isso não passa de um engodo! Na verdade, o que temos assistido e, portanto, constatado é a produção e reprodução de pessoas egoístas, auto-centralizadas e, extremamente, materialistas. Mais uma vez fica evidente que o "TER" oculpa um lugar de maior importância do que o SER em nossos dias. E o que essas coisas teriam haver com Deus? NADA! Nada mesmo!!! E, digo isso, exatamente, porque essas coisas são a CONTRAPARTIDA do CARÁTER DE DEUS; são a contra mão dos desígnios de Deus. Enfim, são comportamentos totalmente antagônicos à forma de Deus agir. E, sem dúvida alguma, Deus age de várias e diferentes formas. Mas, uma das mais inusitadas formas de Deus agir é aquela forma que ninguém percebe, que ninguém enxerga, ninguém sente nem, sequer, sonha na possibilidade D'Ele estar presente. Esse, conforme o profeta Isaías, é O DEUS QUE SE OCULTA! Sim, é isso mesmo. Deus também age no silêncio, "às ocultas", "nas caladas da noite" (e do dia também). Ele é o Deus que se oculta sem, contudo, se omitir; é o Deus que se oculta sem ser indiferente nem, muito menos, insensível; é o Deus que se oculta sem ser ausente nem, mesmo, distante; é o Deus que se oculta sem medo de não aparecer; sem medo de não se ostentar; sem medo de não se autopromover. Ele é o Deus que se oculta porque quer se ocultar mesmo sabendo que seu arquiadversário (o Diabo) só deseje aparecer, pois isso é próprio do seu caráter e de todos quantos assim procedem. Deus não fica frustrado nem entra em crise se não aparecer. Pelo contrário, Ele gosta desse negócio de se ocultar. Não é à toa que seu Filho Jesus Cristo, em várias passagens dos Evangelhos, curava pessoas e pedia que não contassem; falava por parábolas ocultando a interpretação para as multidões, fariseus e doutores da lei; buscava se recolher a fim de recarregar as baterias em sua devocional a sós com o Pai; além de ensinar aos seus discípulos a cultivarem o lugar oculto da oração: " Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que {está} oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará." (Mateus 6:6); a jejuar sem chamar a atenção alheia: " para não pareceres aos homens que jejuas, mas sim a teu Pai, que {está} oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará."(Mateus 6:18); a dar esmolas sem esperar reconhecimento público: "para que a tua esmola seja {dada} ocultamente, e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente." (Mateus 6:4). No entanto, a triste realidade constatada é totalmente antagônica a essa tão singela forma de Deus agir. O quadro que ora presenciamos é de "líderes religiosos" competindo por uma espécie de "estrelato sacerdotal"; brigando pela conquista da fama; esforçando-se em ostentar um glamour existencial; esgotando-se para conquistar "níveis cada vez maiores de excelência ministerial", etc e etc. "...todas estas coisas os gentios procuram."(Mateus 6:32-a). Mas, independente de todas as ambiguidades e debilidades resultantes de uma religiosidade doentia, hipócrita, pretenciosa, prepotente e arrogante, DEUS AINDA É DEUS!!! O DEUS QUE SE OCULTA e que ainda está VIVO, ATIVO e intervindo no universo. AINDA QUE NÃO O PERCEBAMOS.
Henrique Coutinho.
(Servo da Graça)

domingo, 14 de agosto de 2011

O EXTREMO DA DEPRECIAÇÃO DA FIGURA PATERNA.

A cada dia que passa se percebe uma orquestração sutil e silenciosa em direção da desonra e depreciação da FIGURA PATERNA, desde as tímidas manifestações "homenagiosas" da família, igrejas, intituições de ensino, etc, até a pouco badalada divulgação da data por meio dos meios midiáticos de comunicação em comparação com outras datas como, por exemplo, o dia das mães, das crianças, dos namorados, dentre outros.

Parece que em nome da busca pela (justa) emancipação feminina e pela supervalorição da figura materna, acabamos caindo em um outro extremo: O EXTREMO DA DEPRECIAÇÃO DA FIGURA PATERNA.
Já está provado tanto pela Psicologia como pela Psicanálise que a presença da FIGURA PATERNA na vida de uma criança, cuja personalidade está sendo formada entre 0 e 7 anos de idade, é de imprescindível importância e valor em sua formação de caráter e na necessidade de um ancoramento em uma referência masculina que pode ser ou não o seu genitor.

A grande maioria das culturas existentes ao longo dos séculos sempre tiveram a FIGURA PATERNA como modelo patriarcal, não obstante a verídica ponderação da forte marca do machismo perceptível em tais culturas. Mas, ao longo dos anos, o que percebemos não é a busca do equilíbrio da importância e valor das figuras paterna e materna no exercício do sacerdócio do lar. Antes uma sorrateira e paulatina desintegração, desgaste e uma certa inclinação para O EXTREMO DA DEPRECIAÇÃO DA FIGURA PATERNA. Tal tendência é, sem dúvida, por demais perigosa e preocupante, embora alguns não consigam enxergar os danos que essa triste e crescente tendência dos últimos dias pode gerar como, de fato, já está gerando.

Não é à toa que um dos mandamentos morais entre os dez prescritos por IAVÉ seja "HONRA TEU PAI e tua mãe..."; que o Senhor Jesus, nos evangelhos, faça inúmeras alusões a Deus como seu PAI, a exemplo da universal ORAÇÃO DO PAI NOSSO (Mateus 6:1-13) dentre outras citações como João 8:49 onde se lê: "Disse Jesus: Não estou endemoninhado! Pelo contrário, HONRO O MEU PAI, e vocês me desonram."

Infelizmente a constatação de que a "cultura da desonra paterna", tanto dentro como fora dos muros eclesiásticos, já é uma triste realidade. O que acaba refletindo muito negativamente sobre nossas crianças que são o presente e o futuro de nossa sociedade.

Como pai, luto todos os dias, contra essa tendência malígna que assola nossos lares e sociedade conseqüentemente. Procuro passar para meu filho tanto de forma oral como, principalmente, prática e presencial o que, como pai, represento pra ele, o que tem resultado em um relacionamento muito gostoso e edificante entre nós dois. O feed-back tem sido muito gratificante!

Portanto, quero estimular a todos os pais a não abrirem mão do seu papel em seu lar, em sua relação com seus filhos, ainda que não convivam debaixo do mesmo teto. NÃO ABRAM MÃO DO SEU SACERDÓCIO PATERNAL! Não importa que muitos não lhe reconheçam e, até, lhe desonrem. Saiba que vocês têm respaldo e legalidade conferidos pelo "PAI DAS LUZES, EM QUEM NÃO HÁ MUDANÇA NEM SOMBRA DE VARIAÇÕES".

Um feliz "DIA DOS PAIS" com um sonoro grito de protesto contra O EXTREMO DA DEPRECIAÇÃO DA FIGURA PATERNA!!!

 HENRIQUE COUTINHO.
       (Servo da Graça)

domingo, 31 de julho de 2011

"INDO FAZEI DISCÍPULOS!"


Certa vez disse Jesus: "INDO FAZEI DISCÍPULOS", isto é, enquanto se vive; enquanto se move; enquanto se existe; enquanto se CAMINHA, FAÇAM DISCÍPULOS!!! Ele não disse "façam adeptos para seu grupo de convergência religiosa-eclesiástica-filosófica; Ele não disse façam uma "rede multi-markerting-gospel; Ele não disse façam crescer, o máximo que poderem, a membresia de sua "igreja". ELE DISSE: "INDO... FAZEI DISCÍPULOS!!! Fazei aprendizes, alunos, imitadores do Mestre! E a condição reprodutora 'sinê qu'a non' é que quem se propõe a obedecer essa missão deve estar inserido nessa CADEIA REPRODUTORA DO CARÁTER DE CRISTO a fim de que não seja, apenas, uma xerox apagada DO ORIGINAL, mas parte integrante do conjunto universal de membros (in loco) do CORPO DE CRISTO! "INDO... FAZEI DISCÍPULOS, passa a ser algo existencial em nossa caminhada; passa a ser o nosso estilo de vida; passa a se tornar o nosso assunto predileto sem neuroses nem paranóias; passa a se tornar uma graciosa lei de causa e efeito nos fluxos e refluxos da nossa existência e caminhada na terra dos viventes. Portanto, "INDO FAZEI DISCÍPULOS!"

Henrique Coutinho.
 (Servo da Graça)

segunda-feira, 18 de julho de 2011

"SE DEUS TEM UMA TEOLOGIA"...


Costumo sempre dizer pra alguns amigos que "de médico, louco e de teólogo todo mundo tem um pouco". Academicamente ou leigamente, com embasamento ou não, todo mundo se arvora a "entender de Deus" falando a respeito de Deus. Desde os mais famosos e intelectuais até os mais anônimos e tolos. Todos, sempre, parecem ter um "pitaco teológico" pra externar a respeito de Deus e das coisas a Ele ligadas! O fato é que, se possível fosse, colocaríamos Deus num tubo de ensaio ou, mesmo, frente a uma acariação interrogatória a fim chegarmos às nossas próprias conclusões a respeito tanto da Sua essência como dos seus pensamentos.
O cúmulo da ignorância humana não consiste na incapacidade de dominar qualquer que seja o "tratado teológico" ou a mínima idéia a respeito de Deus, mas na arrogância prepotente de achar que Deus é objeto de seus delírios e elucubrações, na inútil tentativa de analizá-lo, definí-lo e dissecá-lo mantendo-o preso numa espécie de "lâmpada de Aladim religiosa" a fim de que, quando nos pareça oportuno, a uma simples esfregadinha, Ele venha atender aos nossos desejos e caprichos existenciais.
Diante de toda essa confusão e crise teológico-existencial maqueadas de pseudo-respostas para as crises, traumas e decepções alheias, ocorre-me um pensamento instigante fruto das minhas reflexões: "Se Deus tem uma Teologia, a nossa deve estar milhões de anos-luz distante da D'Ele." Digo isso porque, quando leio o livro de Eclesiastes, fico fascinado com a percepção que Salomão teve a respeito dessa relação tripartite-paritária entre (1)ser humano e ser humano, (2)ser humano e mundo físico e (3)ser humano e Deus. Uma percepção, por assim dizer, totalmente despida da tentativa de "divinizar" o homem e "desumanizar" a Deus. Uma vez que Salomão consegue ver e transmitir o que vê exatamente da forma que elas são dentro do seu raio perceptivo conquanto interelacional. O que me leva a crer que Deus não está interessado em "teologizar" conosco, mas em, conosco, se relacionar! De fato, não existe uma outra forma de se conhecer a Deus ('em parte'-I Cor.13:12) e a Deus fazer conhecido, senão através do relacionamento. Logo, se Deus tem uma Teologia ela deveria ser denominada de Teologia do 'Eu sou o que sou'! Sim, a Teologia do Auto-existente, do Onipotente, do Onipresente e do, acima de tudo, ONISCIENTE!!! Já que a onisciência acaba interagindo com os demais atributos espirituais, uma vez que o seu significado "é a designação de uma capacidade de se poder saber tudo, em todos os lugares, ao mesmo tempo e infinitamente (ad infinitum)". Ora, se Deus é Onisciente e tem o poder de SABER TUDO ao mesmo tempo e em todos os lugares 'infinitamente mais do que possamos imaginar', sem dúvida alguma, esse Seu atributo lhe confere a exclusiva capacidade de exercer total AUTOCONHECIMENTO de Sua essência, pensamentos, sentimentos e vontades. Diante disso, que Teologia na face da Terra seria capaz de "ESTUDAR DEUS" e, portanto, por si mesma, a ELE conhecer? Só por revelação, na medida e proporção que Ele desejar. É como escreveu Paulo - 'apóstolo' - aos romanos 11:33: "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da CIÊNCIA de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!
34 Porque quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro?
35 Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?
36 Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém."

Também escreveu o sábio Salomão a respeito do "teólogo-pregador" em Eclesiastes capítulo 12:
8 Vaidade de vaidades, diz o pregador, tudo é vaidade.
9 E, quanto mais sábio foi o pregador, tanto mais ensinou ao povo sabedoria; e atentando, e esquadrinhando, compôs muitos provérbios.
10 Procurou o pregador achar palavras agradáveis; e escreveu-as com retidão, palavras de verdade.
11 As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos, bem fixados pelos mestres das assembléias, que nos foram dadas pelo único Pastor.
12 E, demais disto, filho meu, atenta: não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne.
13 De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem.
14 Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.

Concluindo, o que me resta dizer? Perdí tempo "estudando Teologia" ou, melhor, aprendendo a pensar coisas a respeito de Deus e dos homens? Claro que não! O que não posso é me sentir detentor da verdade tentando ostentar e esnobar meu "cabedal de conhecimentos". Afinal, as nossas "verdades" são SEMPRE relativas. A ÚNICA verdade ABSOLUTA é a de Deus!!! Portanto, concluo dizendo uma coisa bem simples, porém, prática conquanto bíblica: " Se Deus tem uma Teologia, essa teologia tem como figura central o Seu Filho Jesus Cristo (TEOLOGIA CRISTOCÊNTRICA) - o ápice da revelação de Deus na plenitude dos tempos!" Conforme o autor aos hebreus no capítulo 1:

1 Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,
2 A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
3 O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;
4 Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.

Logo, "se Deus tem uma Teologia, a ÚNICA maneira de conhecê-lo e de fazê-lo conhecido a outros é conhecendo a Jesus PESSOALMENTE, em intimidade, em oração, em devoção, em comunhão, em convivência, em adoração, em meditação da SUA PALAVRA, seguindo as suas pisadas, 'andando como Ele andou' (I JOão 2:6).

 Henrique Coutinho.
  (Servo da Graça)

domingo, 17 de julho de 2011

O QUE VAI SOMAR NA VIDA? O PERIFÉRICO OU O ESSENCIAL?


Eclesiastes 12:

8 Vaidade de vaidades, diz o pregador, tudo é vaidade.
9 E, quanto mais sábio foi o pregador, tanto mais ensinou ao povo sabedoria; e atentando, e esquadrinhando, compôs muitos provérbios.
10 Procurou o pregador achar palavras agradáveis; e escreveu-as com retidão, palavras de verdade.
11 As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos, bem fixados pelos mestres das assembléias, que nos foram dadas pelo único Pastor.
12 E, demais disto, filho meu, atenta: não há limite para fazer livros, e o muito estudar é enfado da carne.
13 De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem.
14 Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.

Uma das palavras que mais aparece no livro de Eclesiastes
é 'havel' (vaidade) cujo significado é vanidade, nulidade, vapor, etc., dando sempre a conotação de transitoriedade, fragilidade, do aspecto efêmero da vida.

Sempre que leio este texto sou, inevitavelmente, remetido às várias correntes teológicas pós-modernas que têm se manifestado através de seus apologetas todos "convictos" de que o seu ponto-de-vista seria o mais correto e, portanto, o mais plausível.
Sejam leigos ou letrados, indoutos ou intelectualizados, teólogos, achólogos ou "té-logos" - todos se arvoram e se autoproclamam detentores da verdade.

Salomão é quem tinha a razão: "TUDO É VAIDADE!" Tudo é vão; tudo é nulo; tudo é efêmero; tudo é transitório; inclusive o personalismo religioso-denominacional; o intelectualismo arrogante ensimesmado; a ignorância espiritualista pretenciosa; a alienação pietista-platônica, dentre outros.

Discursos vazios de Deus, ocos de Graça, cheios de conhecimento e desprovidos de sabedoria serão todos diluídos pelo fogo do Juízo de Deus que trará à tona toda a obra, inclusive as latentes no oculto do ser!

Fico pensando quanta conversa se tem jogado fora em nome de Deus! Quanta necessidade de auto-afirmação! Quanta elucubração teológica! Quanta conversa a-fiada! "É TUDO VAIDADE!"

Mas, diante de tudo isso e em meio a toda essa confusão, que não é nova, o que mais me espanta e me choca é a forma simples e prática como Salomão conclui toda essa inútil dialética da vida: "De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem" (v.13). Ou seja, não dê importância ao que não é, DE FATO, IMPORTANTE! Não dê ouvidos a nada cuja reverberação não passe de mera "rever-BERRAÇÃO" de almas feridas, doentias e, portanto, surtadas e surtantes, resultantes de traumas recolhidos e eclodidos em forma de verborragia "intelecteológica"! Fique com o que é, DE FATO, essencial e não periférico!

Temer a Deus, revenrenciá-lo com um coração quebrantado, contrito e dependente e, totalmente, desprovido de gestos e cestos curiografados guardando os dois maiores mandamentos, não é nenhum favor que estaremos fazendo a Deus."É O DEVER DE TODO O HOMEM!"

Portanto, o que devemos escolher? Continuar perdendo tempo com questões periféricas ou colocarmos em prática o que é, DE FATO, ESSENCIAL? Isso pode até soar como um convite à omissão, à mediocridade ou, mesmo, à coninvência. Mas, na verdade, a importância à prática do que é essencial é o que, DE FATO, faz a diferença pra Deus!
"O QUE VAI SOMAR NA VIDA? O PERIFÉRICO OU O ESSENCIAL?"

 Henrique Coutinho.
  (Servo da Graça)